Michelson Borges é jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professor de História em Florianópolis e editor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação científica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira. Também é autor de vários livros. Mestre em Teologia pelo Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários criacionistas por todo o Brasil,sendo ele uma referência no assunto em todo Brasil.
Veja agora a entrevista exclusiva concedida por ele ao blog Criacionismo Brasil:
Quando e como começou o seu interesse pelo Criacionismo?
Sempre gostei muito de assuntos ligados à ciência e à religião. Até os meus 18 anos, fui darwinista, mas, quando conheci o criacionismo, fiquei fascinado ao perceber que a teologia bíblica é perfeitamente compatível com a ciência experimental. Grandes nomes da ciência no passado e no presente perceberam essa compatibilidade. Alguns exemplos: Isaac Newton, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Blaise Pascal, Antony Flew, Ben Carson, Ruy Vieira, Marcos Eberlin, e outros. Então, me vi em ótima companhia. Se quiser saber mais detalhes sobre essa minha mudança, leia o texto “Metamorfose”, na coluna à direita em meu blog www.criacionismo.com.br
Ao que você credita o aumento da aceitação do evolucionismo pela sociedade?
Primeiramente, ao crescimento da cosmovisão conhecida como naturalismo filosófico, segundo a qual todo o Universo e a vida passaram a existir por causas puramente naturais. Essa visão é herdeira do Iluminismo que demonizou toda forma de religião revelada. O Big Bang teria dado origem ao Universo e a evolução cega teria originado a vida em nosso planeta a partir de elementos inorgânicos que, por algum “milagre”, se tornaram orgânicos, adquiriram informação genética (do nada) e passaram a se multiplicar. O darwinismo acabou sendo uma boa desculpa para uma sociedade crescentemente materialista e secularizada, afinal, é uma teoria que coloca Deus de lado. Em segundo lugar, a disseminação do evolucionismo se deve, também, à contribuição das escolas, nas quais praticamente não existe ensino crítico de ciências e a evolução é apresentada como “verdade científica” incontestável. Os professores ou deixam de lado ou ignoram as insuficiências epistêmicas do modelo. Finalmente, a mídia popular igualmente promove insistentemente a visão darwinista, publicando reportagens preconceituosas (contra os criacionistas) e pouco esclarecedoras em relação ao darwinismo. Um erro comum é sempre confundir diferenciação de baixo nível (“microevolução”) com macroevolução não científica. Infelizmente, a ideia que as pessoas em geral têm, graças às escolas e à mídia, é a de que criacionistas são religiosos fundamentalistas e darwinistas são pesquisadores com respaldo científico. Posso garantir que essa é uma generalização equivocada.
Por que há tanta resistência por parte da maioria das comunidades cientificas em aceitar o Criacionismo?
Por puro preconceito e, às vezes, por culpa dos próprios criacionistas. O preconceito impede os cientistas darwinistas de ver que os criacionistas também podem fazer e fazem boa ciência. A despeito de adotar uma visão teísta, os criacionistas também se valem do método científico. Um dos cientistas mais citados em publicações da área de química é presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas, dirige o laboratório Thomson, na Unicamp, e é criacionista. Refiro-me ao Dr. Marcos Eberlin. O Geoscience Research Institute, renomado instituto de pesquisas adventista localizado em Loma Linda, EUA, é dirigido por cientistas criacionistas que fazem boa ciência. A culpa de alguns criacionistas reside no fato de não conhecerem bem a ciência e fazerem declarações sem embasamento científico e, às vezes, preconceituosas. Isso dificulta o diálogo.
Qual a maior prova cientifica que o Criacionismo tem para sustentar-se?
Não sei se podemos usar a palavra “prova”, mas a maior evidência a favor do criacionismo, possivelmente venha da genética e do argumento da complexidade irredutível. O bom senso nos diz que informação complexa e específica não surge pura e simplesmente. Informação e mensagem dependem de uma fonte informante. Somente no núcleo de uma ameba existe informação suficiente para ocupar os 30 volumes da Enciclopédia Britânica! De onde veio essa informação? Para equiparar a capacidade do cérebro humano, seria necessário um computador que ocuparia a área de quatro Maracanãs. Assim como ocorre com o DNA na célula, cujo filamento de dois metros é encapsulado num espaço mínimo sem se emaranhar, o cérebro humano, se sua “fiação” fosse esticada, daria duas voltas em torno da Terra. Toda essa maquinaria impressionante está compactada em nossa caixa craniana, num órgão que pesa em média apenas 1,5 quilo. É um computador bastante resistente a choques e à prova d’água! Quem projetou essa maravilha de complexidade chamada cérebro?
A complexidade irredutível nos mostra que certos sistemas e órgãos em nosso corpo não podem ter sua função ou complexidade reduzida, sob risco de não mais funcionar. Assim ocorre com a coagulação. Se faltar apenas um fator (o fator VIII), já não ocorre a coagulação. É o tipo de mecanismo que tinha que funcionar perfeitamente desde o início, do contrário a criatura não sobreviveria para contar a história e seus descendentes nem existiriam. E nosso corpo está repleto desses sistemas de complexidade irredutível.
4 comentários:
Muito boas as argumentações do Michelson!
Seu blog está de parabéns George, a cada dia melhor.
Não é possivel alguém olhar o homem, um ser tão complexo, e afirmar que não foi Deus que o criou.
Bela postagem.
É também um privilégio e sorte do blog conseguir uma entrevista exclusiva com Michelson né? Convenhamos...
Um profissional muito inteligente e culto.
Parabéns.
Parabéns,George pela publicação, e parabéns ao Michelson Borges, pela entrevista concedida! Gostei.
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