Entrevista EXCLUSIVA com Michelson Borges

O jornalista e mestre em Teologia Michelson Borges concede uma entrevista exclusiva ao blog Criacionismo Brasil..

Interdependência

Nosso corpo assim como o dos animais apresenta partes que são interdependentes uma das outras, ou seja, partes que dependem da existência...

A ciência e seus limites

Na minha leitura do livro Origens de Ariel A. Roth que é PhD em biologia, me deparei com uma frase que me proporcionou uma profunda reflexão...

Um Homem diferente

Há dois mil anos houve um Homem que nasceu contra todas as leis da vida. Esse Homem viveu na pobreza e foi criado na obscuridade. Não viajou muito. Só uma vez ..

Onde está Deus?

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada em um conhecido programa de televisão ("Early Show") quando a repórter Jane Clayson lhe perguntou: "Como Deus podia...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Brasil é 3º país onde mais se crê em Deus

O Brasil foi o terceiro país em que mais se acredita em “Deus ou em um ser supremo” em uma pesquisa conduzida em 23 países.


A pesquisa, feita pelo empresa de pesquisa de mercado Ipsos para a agência de notícias Reuters, ouviu 18.829 adultos e concluiu que 51% dos entrevistados “definitivamente acreditam em uma ‘entidade divina’ comparados com os 18% que não acreditam e 17% que não tem certeza”.


O país onde mais se acredita na existência de Deus ou de um ser supremo é a Indonésia, com 93% dos entrevistados. A Turquia vem em segundo, com 91% dos entrevistados e o Brasil é o terceiro, com 84% dos pesquisados.


Entre todos os pesquisados, 51% também acreditam em algum tipo de vida após a morte, enquanto apenas 23% acreditam que as pessoas param de existir depois da morte e 26% “simplesmente não sabem”.


Entre os 51% que acreditam em algum tipo de vida após a morte, 23% acreditam na vida após a morte, mas “não especificamente em um paraíso ou inferno”, 19% acreditam “que a pessoa vai para o paraíso ou inferno”, outros 7% acreditam que “basicamente na reencarnação” e 2% acreditam “no paraíso, mas não no inferno”. Nesse mesmo quesito, o México vem em primeiro lugar, com 40% dos entrevistados afirmando que acreditam em uma vida após a morte, mas não em paraíso ou inferno. Em segundo está a Rússia, com 34%. O Brasil fica novamente em terceiro nesta questão, com 32% dos entrevistados.


Mas o Brasil está em segundo entre os países onde as pessoas acreditam “basicamente na reencarnação”, com 12% dos entrevistados. Apenas a Hungria está à frente dos brasileiros, com 13% dos entrevistados. Em terceiro, está o México, com 11%.


Entre os que acreditam que a pessoa vai para o paraíso ou para o inferno depois da morte, o Brasil está em quinto lugar, com 28%. Em primeiro, está a Indonésia, com 62%, seguida pela África do Sul, 52%, Turquia, 52% e Estados Unidos, 41%.


Criação X evolução


As discussões entre evolucionistas e criacionistas também foram abordadas pela pesquisa do instituto Ipsos. Entre os entrevistados no mundo todo, 28% se definiram como criacionistas e acreditam que os seres humanos foram criados por uma força espiritual – ou seja, não acreditam que a origem do homem seja a evolução de outras espécies como os macacos.


Nesta categoria, o Brasil está em quinto lugar, com 47% dos entrevistados, à frente dos Estados Unidos (40%). Em primeiro lugar está a Arábia Saudita, com 75%, seguida pela Turquia, com 60%, Indonésia em terceiro (57%) e África do Sul em quarto lugar, com 56%.


Por outro lado, 41% dos entrevistados no mundo todo se consideram evolucionistas, ou seja, acreditam que os seres humanos são fruto de um lento processo de evolução a partir de espécies menos evoluídas como macacos.


Entre os evolucionistas, a Suécia está em primeiro lugar, com 68% dos entrevistados. A Alemanha vem em segundo, com 65%, seguida pela China, com 64%, e a Bélgica em quarto lugar, com 61% dos pesquisados.


Descrentes e indecisos


Entre os 18.829 adultos pesquisados no mundo todo, um total de 18% afirmam que não acreditam em “Deus, deuses, ser ou seres supremos”.


No topo da lista dos descrentes está a França, com 39% dos entrevistados. A Suécia vem em segundo lugar, com 37% e a Bélgica em terceiro, com 36%. No Brasil, apenas 3% dos entrevistados declararam que não acreditam em Deus, ou deuses ou seres supremos.


A pesquisa também concluiu que 17% dos entrevistados em todo o mundo “às vezes acreditam, mas às vezes não acreditam em Deus, deuses, ser ou seres supremos”. Entre estes, o Japão está em primeiro lugar, com 34%, seguido pela China, com 32% e a Coréia do Sul, também com 32%. Nesta categoria, o Brasil tem 4% dos entrevistados.


Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Evangelho segundo o Twitter


terça-feira, 19 de abril de 2011

Cientistas copiam RNA para “explicar” origem da vida

O começo da vida na Terra é um mistério que ainda não foi de todo solucionado [na verdade, não foi solucionado]. Como realmente surgiram os primeiros “blocos de construção de vida”, como os cientistas o chamam? Pesquisadores criaram moléculas sintéticas, cópias de material genético, em laboratório [note que se trata de uma cópia de algo já existente, e que mesmo para “simplesmente” copiar, é necessária muita inteligência e tecnologia]. A enzima criada, tC19Z, pode ser uma versão artificial de uma das primeiras enzimas que existiram em nosso planeta há três bilhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], e uma pista de como a própria vida começou [tudo que tem um começo tem uma causa, não é?]. O objetivo da pesquisa é criar moléculas totalmente autorreplicadas de RNA em laboratório. A teoria dominante de como a vida começou [!] envolve o surgimento [!] de um “autorreplicador”, uma molécula original de vida – um RNA – que pode fazer cópias de outros RNAs, incluindo ele mesmo. Conforme a evolução avançou, essa molécula autorreplicante deixou de existir, e a maioria dos organismos vivos da Terra passou a usar o DNA para armazenar suas informações genéticas (com outras enzimas copiando a si mesmas).


A teoria é chamada de “hipótese de mundo de RNA”, e sugere que a vida foi originalmente baseada não no DNA, mas em um produto químico relacionado chamado RNA, que pode transportar informação genética e se dobrar em três dimensões e formas, além de funcionar como uma enzima, o catalisador biológico que acelera determinadas reações químicas. [...]


Até agora, a única cópia conhecida de RNA era a molécula R18, que só podia copiar segmentos de RNA de até 14 “letras”, e só funcionava em certas sequências. Depois de selecionar todas as mutações benéficas que tinham se acumulado a partir dos experimentos, separar o que era útil e o que não era, e combinar tudo isso em uma única molécula, os pesquisadores criaram a enzima de RNA tC19Z, que funciona como uma autorreplicadora. [...]


A tC19Z pode copiar pedaços de RNA que são quase metade do seu tamanho (48%). Para copiar a si mesma, tem que ser capaz de copiar sequências de seu próprio tamanho; e ela já está se aproximando desse objetivo. A enzima também pode fazer cópias de outra enzima RNA, que funciona corretamente. Isso sugere que, uma vez que o primeiro RNA autorreplicante apareceu, ele foi capaz de “agregar equipamentos moleculares” [e de onde vieram esse equipamentos?], possibilitando a evolução de vidas mais complexas. [Releia o trecho grifado no parágrafo anterior e responda: Na natureza, no “caldo primordial”, ou seja lá onde se imagine, a seleção inteligente de mutações “benéficas”, a separação do que era inútil e a combinação numa única molécula poderiam ocorrer de maneira não inteligente, organizada, com uma finalidade esperada?]


(Hypescience)


Nota do blog Criacionismo: Como ninguém consegue explicar o que surgiu primeiro: o DNA (que é formado por proteína) ou a proteína (que é produzida pelo DNA), a solução é propor um cenário que não existe hoje em dia e não se sabe se algum dia existiu: o tal “mundo de RNA”. O RNA autorreplicante surgiu, cumpriu seu papel na história da evolução e... desapareceu da “cena do crime”, deixando o DNA em seu lugar. Tudo esse malabarismo hipotético serve para se fugir da conclusão de que ambos, DNA e proteína, foram criados ao mesmo tempo. Mesmo que eu concordasse com a hipótese do mundo de RNA autorreplicante (o que não é o caso, pois não tenho tanta fé assim), permaneceria outro sério problema: o RNA transporta informação genética. Então, de onde teria “surgido” essa informação complexa necessária para a existência da vida? Que “mundo” é esse no qual a informação simplesmente “aparece”, pronta para ser replicada e multiplicada? Não dá para saber, pois o RNA autorreplicante abandonou a “cena do crime” e não deixou vestígios, a não ser na cabeça de alguns teóricos que hoje utilizam o design inteligente para tentar provar o acaso cego. Por isso o título desta postagem é um bom exemplo do argumento do tipo non sequitur.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Astronomia e Criacionismo

A Luz Proveniente de Estrelas Distantes Prova Que O Universo É Antigo?


Vivemos num universo imenso que contém galáxias que se encontram a bilhões de anos-luz de distância. O fato da luz destas galáxias chegar até nós tem sido usado como evidência a favor de um universo com uma idade de aproximadamente 14 bilhões de anos.
As técnicas utilizadas pelos astrônomos para medir distâncias cósmicas poderiam ser questionadas. No entanto, elas são geralmente lógicas e corretas e nãos se baseiam em pressuposições evolucionistas do passado. Além do mais elas fazem parte da ciência observacional, sendo presentemente testáveis e duplicáveis.
Criacionistas ao produzir modelos de uma terra e um universo jovens, com cerca de milhares de anos e não milhões ou bilhões de anos, são, de uma forma geral, criticados por não levar em consideração questões “tão simples” como o tempo de viagem da luz vinda de pontos muito distantes do universo.
Assim sendo, uma breve avaliação sobre o tempo de viagem da luz se faz necessário para a validação dos modelos criacionistas de uma terra e um universo ainda jovens.


As Pressuposições dos Argumentos do Tempo de Viagem da Luz


Qualquer tentativa científica que tente estimar a idade de qualquer coisa envolverá necessariamente um certo número de pressuposições. Estas pressuposições podem estar relacionadas com as condições iniciais, a constância de certas proporções, contaminação do sistema e muitas outras, e, portanto, serem incorretas. Muitas vezes uma cosmovisão errada pode também ser a causa de pressuposições incorretas.
A luz distante das estrelas apresenta várias pressuposições que são questionáveis – nenhuma das quais faz com que necessariamente o argumento esteja errado.


A Constância da Velocidade da Luz


Assume-se atualmente que a velocidade da luz é constante em função do tempo. Atualmente, no vácuo, ela demoraria um ano para percorrer aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros.
Se assumirmos que esta velocidade tem sido constante durante toda a existência do universo, poderemos incorrer no erro de acharmos uma idade muito mais antiga para o universo do que a idade real.
Por outro lado, a velocidade da luz não é um parâmetro arbitrário. Em outras palavras, se mudarmos a velocidade da luz, outras coisas também mudariam, como a proporção entre energia e massa de um sistema, e as demais constantes que estão relacionadas com esta velocidade.
Portanto, se for alterada a velocidade da luz, o impacto que isto causaria no universo, na terra e na vida seria algo não imaginável.


A Pressuposição da Rigidez do Tempo


A pressuposição de que o tempo se move de forma constante em todas as condições, obedecendo a uma forma rígida não é verdadeira. Existem maneiras através das quais a nãorigidez do tempo pode permitir que a luz proveniente de pontos muito distantes chegue até nós numa escala de tempo relativamente pequena.
Albert Einstein descobriu que movimento e gravidade afetam a passagem do tempo. Por exemplo, quando um objeto está num movimento muito próximo ao da velocidade da luz, o seu tempo é desacelerado. Isto é chamado de dilatação do intervalo de tempo. O mesmo se dá com a medição do intervalo de tempo entre um relógio posicionado ao nível do mar e um outro numa montanha. O relógio posicionado ao nível do mar, por estar mais próximo da fonte da gravidade, teria também o seu tempo desacelerado.
Portanto, um mesmo evento no passado poderia ter ocorrido num longo período de tempo para um observador, e num curto período de tempo para um outro observador. Por exemplo, a luz das estrelas que demoraria bilhões de anos para chegar até nós (medida por relógios posicionados no espaço profundo – “deep space clocks”) chegaria à Terra em alguns milhares de anos, medida por relógios daqui. Isto ocorreria naturalmente se a Terra estivesse numa cavidade gravitacional (“gravitational well”).
Suponhamos que o sistema solar esteja localizado próximo do centro de um número finito de galáxias. Esta proposta é totalmente consistente com a evidência e, portanto, uma possibilidade perfeitamente rasoável.
Neste caso, a Terra estaria localizada nesta cavidade gravitacional. Isto significa que muita energia teria que ser utilizada para levar algo para uma posição distante desse centro. Nessa cavidade gravitacional, nós não sentiríamos nenhum efeito gravitacional anormal, mas os nossos relógios estariam desacelerados (muito mais lentos) quanto comparados com os relógios posicionados em outros pontos distantes.
Sendo que a expansão do universo é aceita pela maioria dos astrônomos atuais, o universo teria sido menor no passado, fazendo com que a diferença entra os relógios na terra apresentassem uma desaceleração quando comparados com relógios em pontos distantes do universo. Assim sendo, a luz proveniente de galáxias distantes teria chegado até a terra em apenas alguns poucos milhares de anos, quando medida por relógios na terra, em comparação com bilhões de anos, quando medida por relógios distantes da terra.
A Pressuposição de Sincronização


Uma outra maneira pela qual a relatividade do tempo é importante, é a sincronização: como fazer com que relógios mostrem o mesmo tempo e ao mesmo tempo. A teoria da relatividade tem mostrado que tal sincronização não é absoluta. Por exemplo, um observador num plano de referência poderia ver dois relógios sincronizados ao passo que um outro observador, num plano de referência diferente, não os veria sincronizados. Portanto, quando se trata de sincronização de relógios separados por uma distância qualquer (pequena ou quase infinita), não existe um método pelo qual tal sincronização possa ser feita no sentido absoluto, de tal maneira que todos os observadores iriam concordar, independente do movimento.
Um exemplo simples seria um avião levantando voo às 14:00 hrs e pousando precisamente às 14:00 hrs. Sendo que o avião aterrisou no mesmo tempo em que levantou vôo, esta viagem seria instantânea. Como seria possível? A resposta está no fuso horário. Imagine um avião partindo de Brasília às 14:00 hrs (horário local) e chegando em Cuiabá às 14:00 hrs (horário local). A hora marcada em Cuiabá é uma a menos que a de Brasília (consideramos que o avião voa rápido o suficiente para percorrer a distância em uma hora). Para um passageiro a viagem teria demorado uma hora (tempo universal), mas para um observador em Cuiabá, o avião teria chegado na mesma hora em que partiu (tempo local).
Existe um equivalente cósmico entre o tempo local e o tempo universal. Luz viajando em direção à Terra é equivalente a um avião viajando no sentido oeste (Brasília a Cuiabá), O tempo local permaneceria sempre o mesmo. Se usarmos o tempo cósmico universal, a luz levaria 100 anos para percorrer 100 anos-luz.
De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, a luz não experimenta a passagem do tempo, sendo a sua viagem instantânea. Portanto, luz vinda da extremidade do universo chegaria instantaneamente aqui ao passo que nós acharíamos que ela teria levado bilhões de anos.


O Tempo de Viagem da Luz: Um Argumento que Refuta a Si Mesmo


A própria teoria do big bang possui um problema seríssimo com a questão do tempo de viagem da luz. De acordo com este modelo, a luz teria que percorrer uma distância muito acima da que lhe é permitida, dentro de um período de 14 bilhões de anos (idade do universo proposta pela teoria do big bang). Esta dificuldade é conhecida como o “problema do horizonte”.
De acordo com a teoria do big bang, quando o universo era ainda bastante jovem e muito pequeno, ele desenvolveu pequenas diferenças locais de temperaturas (sem isso corpos celestes como estrelas e galáxias não poderiam ter se formado). Vamos assumir teoricamente que neste início de universo haveria, portanto, dois pontos: A (quente) e B (frio). Hoje, bilhões de anos depois deste período, o universo expandiu de tal forma que os pontos A e B estão muito distantes um do outro. No entanto, temos visto por meio da radiação de fundo (Cosmic Background Radiation) que a temperatura, mesmo a distâncias imensas, é praticamente a mesma: 2,7 K (270°C negativos). Isto significa que os pontos A e B possuem a mesma temperatura hoje. Mas isso somente seria possível se eles tivessem trocado energia. E a maneira mais rápida de trocar energia é através de radiação eletro-magnética. No entanto, essa troca teria que ter ocorrido multiplas vezes durante a existência do universo para que um equilíbrio térmico fosso atingido (como obervado através da temperatura uniforme da radiação de fundo). Dado o tamanho do universo – a distância e a quantidade de vezes entre dois pontos que a luz teria que ter percorrido durante os supostos 14 bilhões de anos – a velocidade da luz não teria sido sufic ente para que tal temperatura uniforme existisse.
Uma solução proposta para a teoria do big bang é o que se chama de período inflacionário. O universo no seu início teria expandido dentro dos limites conhecidos pela ciência. Em seguida ele teria entrado num período inflacionário, através do qual teria chegado às dimensões atuais. Esta proposta não possui nenhuma evidência, não sendo nada mais que uma pura conjectura. (Não existe nenhuma evidência do que poderia ter dado início a esse período e muito menos o que teria feito com que ele chegasse ao fim de forma suave para manter intacta a estrutura observada no universo atualmente.)


Conclusão


Assim sendo, o problema do tempo de viagem da luz permanece uma questão aberta para a discussão científica. Aceitar uma idade antiga para o universo (teoria do big bang), apenas porque a luz de corpos celestes localizados a bilhões de anos-luz tem chegado até nós, é uma questão de preferência por um modelo de idade antiga por um outro modelo de idade rescente. Esta preferência não se dá por méritos científicos mas sim por pressuposições e posicionamento filosófico pessoal de cada cientista ou pesquisador.


Universo Criacionista

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Entrevista EXCLUSIVA com Michelson Borges

Michelson Borges é jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professor de História em Florianópolis e editor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação científica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira. Também é autor de vários livros. Mestre em Teologia pelo Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários criacionistas por todo o Brasil,sendo ele uma referência no assunto em todo Brasil.


Veja agora a entrevista exclusiva concedida por ele ao blog Criacionismo Brasil:


Quando e como começou o seu interesse pelo Criacionismo?


Sempre gostei muito de assuntos ligados à ciência e à religião. Até os meus 18 anos, fui darwinista, mas, quando conheci o criacionismo, fiquei fascinado ao perceber que a teologia bíblica é perfeitamente compatível com a ciência experimental. Grandes nomes da ciência no passado e no presente perceberam essa compatibilidade. Alguns exemplos: Isaac Newton, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Blaise Pascal, Antony Flew, Ben Carson, Ruy Vieira, Marcos Eberlin, e outros. Então, me vi em ótima companhia. Se quiser saber mais detalhes sobre essa minha mudança, leia o texto “Metamorfose”, na coluna à direita em meu blog www.criacionismo.com.br


Ao que você credita o aumento da aceitação do evolucionismo pela sociedade?


Primeiramente, ao crescimento da cosmovisão conhecida como naturalismo filosófico, segundo a qual todo o Universo e a vida passaram a existir por causas puramente naturais. Essa visão é herdeira do Iluminismo que demonizou toda forma de religião revelada. O Big Bang teria dado origem ao Universo e a evolução cega teria originado a vida em nosso planeta a partir de elementos inorgânicos que, por algum “milagre”, se tornaram orgânicos, adquiriram informação genética (do nada) e passaram a se multiplicar. O darwinismo acabou sendo uma boa desculpa para uma sociedade crescentemente materialista e secularizada, afinal, é uma teoria que coloca Deus de lado. Em segundo lugar, a disseminação do evolucionismo se deve, também, à contribuição das escolas, nas quais praticamente não existe ensino crítico de ciências e a evolução é apresentada como “verdade científica” incontestável. Os professores ou deixam de lado ou ignoram as insuficiências epistêmicas do modelo. Finalmente, a mídia popular igualmente promove insistentemente a visão darwinista, publicando reportagens preconceituosas (contra os criacionistas) e pouco esclarecedoras em relação ao darwinismo. Um erro comum é sempre confundir diferenciação de baixo nível (“microevolução”) com macroevolução não científica. Infelizmente, a ideia que as pessoas em geral têm, graças às escolas e à mídia, é a de que criacionistas são religiosos fundamentalistas e darwinistas são pesquisadores com respaldo científico. Posso garantir que essa é uma generalização equivocada.


Por que há tanta resistência por parte da maioria das comunidades cientificas em aceitar o Criacionismo?


Por puro preconceito e, às vezes, por culpa dos próprios criacionistas. O preconceito impede os cientistas darwinistas de ver que os criacionistas também podem fazer e fazem boa ciência. A despeito de adotar uma visão teísta, os criacionistas também se valem do método científico. Um dos cientistas mais citados em publicações da área de química é presidente da Sociedade Internacional de Espectrometria de Massas, dirige o laboratório Thomson, na Unicamp, e é criacionista. Refiro-me ao Dr. Marcos Eberlin. O Geoscience Research Institute, renomado instituto de pesquisas adventista localizado em Loma Linda, EUA, é dirigido por cientistas criacionistas que fazem boa ciência. A culpa de alguns criacionistas reside no fato de não conhecerem bem a ciência e fazerem declarações sem embasamento científico e, às vezes, preconceituosas. Isso dificulta o diálogo.


Qual a maior prova cientifica que o Criacionismo tem para sustentar-se?


Não sei se podemos usar a palavra “prova”, mas a maior evidência a favor do criacionismo, possivelmente venha da genética e do argumento da complexidade irredutível. O bom senso nos diz que informação complexa e específica não surge pura e simplesmente. Informação e mensagem dependem de uma fonte informante. Somente no núcleo de uma ameba existe informação suficiente para ocupar os 30 volumes da Enciclopédia Britânica! De onde veio essa informação? Para equiparar a capacidade do cérebro humano, seria necessário um computador que ocuparia a área de quatro Maracanãs. Assim como ocorre com o DNA na célula, cujo filamento de dois metros é encapsulado num espaço mínimo sem se emaranhar, o cérebro humano, se sua “fiação” fosse esticada, daria duas voltas em torno da Terra. Toda essa maquinaria impressionante está compactada em nossa caixa craniana, num órgão que pesa em média apenas 1,5 quilo. É um computador bastante resistente a choques e à prova d’água! Quem projetou essa maravilha de complexidade chamada cérebro?


A complexidade irredutível nos mostra que certos sistemas e órgãos em nosso corpo não podem ter sua função ou complexidade reduzida, sob risco de não mais funcionar. Assim ocorre com a coagulação. Se faltar apenas um fator (o fator VIII), já não ocorre a coagulação. É o tipo de mecanismo que tinha que funcionar perfeitamente desde o início, do contrário a criatura não sobreviveria para contar a história e seus descendentes nem existiriam. E nosso corpo está repleto desses sistemas de complexidade irredutível.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More