Há vinte anos, John Horgan, escrevendo para a Scientific American, queria publicar um artigo com o título: “Pssst! Não digam nada aos criacionistas, mas os cientistas não sabem como é que a vida começou.” O editor na época não gostou do título e o alterou. No entanto, Horgan esperou 20 anos e agora que o editor que não aprovou seu título já não se encontra por lá, Horgan reutilizou o título para um artigo que ele escreveu em fevereiro de 2011, duas décadas após a primeira tentativa. O fato de Horgan poder acertadamente dizer que a comunidade científica não fazia ideia nenhuma, há 20 anos, de como a vida tinha iniciado, e a situação se manter após duas décadas de pesquisas intensas, revela-nos muito sobre a mitologia da teoria da evolução e os cenários naturalistas para a origem da vida. O motivo pelo qual os “cientistas não sabem como a vida teve início” é devido ao fato de aqueles a quem Horgan identifica como “cientistas” terem eliminado a priori a única opção viável para a origem da vida. [Vida somente provém de vida.]
O que Horgan quer realmente dizer é que os cientistas que acreditam na teoria da evolução não conseguem fornecer qualquer cenário naturalista cientificamente sólido que explique o que torna a vida possível. Horgan erradamente equivale “cientistas” a “cientistas evolucionistas”. A verdade é que milhares de cientistas por todo o mundo sabem exatamente como a vida começou: Deus a criou durante os seis dias da semana da Criação. De fato, sites cristãos como o Apologetic Press [e o Geoscience Research Institute] possuem vários cientistas qualificados que estudaram as evidências e sabem como a vida começou.
O dilema em que se encontram os cientistas evolucionistas surge devido à crença de que, segundo a evolução, a vida [deve] ter surgido espontaneamente a partir de químicos sem vida – e não há justificação naturalista para isso. Para defender a posição de que os “cientistas” não possuem a mínima pista, Horgan explicou que a ideia das moléculas de DNA se formarem espontaneamente possui vários problemas: o DNA não consegue fazer cópias de si mesmo, nem fazer proteínas catalíticas sem a ajuda de proteínas catalíticas conhecidas como enzimas. Isso transformou a origem da vida num clássico dilema ovo-ou-galinha: O que veio primeiro: proteínas ou o DNA?
Horgan ressalvou então que os cientistas que estudam a origem da vida postularam que o RNA pode ser a resposta para o início da vida. No entanto, ele concluiu: “O mundo RNA é tão insatisfatório que alguns cientistas frustrados estão propondo especulações bem absurdas.” (Sim, porque propor que a vida criou-se a si mesma não é absurdo?)
As ideias absurdas a que Horgan se refere são noções tais como a vida ter sido largada na Terra por extraterrestres, ou a mesma ter-se originado a partir de micróbios provenientes do espaço que se “plantaram” na Terra. Horgan corretamente observou que tais cenários só mudam o problema da origem da vida para o espaço. Se a vida não começou na Terra, como é que começou no espaço?
No seu parágrafo final, Horgan escreveu: “Sem dúvida que os criacionistas estão alegres com o fato de as pesquisas em torno da origem da vida terem chegado a um impasse… mas eles não têm razões para estar. Suas explicações sofrem da mesma falha: Quem criou o Criador divino? Pelo menos os cientistas estão levando a cabo um esforço honesto para resolver o mistério, em vez de culparem Deus por tudo.”
Horgan está correto quando afirma que os cientistas (leia-se “cientistas evolucionistas”) não fazem ideia alguma da forma como a vida começou. Ele está errado, no entanto, quando insiste que a ignorância evolutiva sobre a origem da vida está ao mesmo nível da alegada “ignorância” em torno das “origens” do Criador.
As pesquisas em torno da origem da vida não mostram apenas que os cenários naturalistas são improváveis; elas mostram que são, sim, impossíveis – a vida não se pode gerar espontaneamente a partir de químicos sem vida. Dada essa situação, a única ideia verdadeiramente “científica” seria seguir as evidências aonde quer que elas nos levem: para um Criador sobrenatural e infinitamente inteligente.
Anthony Flew, que durante décadas foi o líder filosófico do mundo ateu, chegou a esta conclusão: “A única explicação satisfatória para a origem da vida com um fim, e autorreplicante tal como vemos na Terra, é uma mente infinitamente inteligente.”
Referências:
Antony Flew and Roy Varghese (2007), There Is No God: How the World’s Most Notorious Atheist Changed His Mind (New York: HarperOne).
John Horgan (2011), “Pssst! Don’t Tell the Creationists, but Scientists Don’t Have a Clue How Life Began”, Scientific American.
(Darwinismo)
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