Num artigo publicado em espanhol, intitulado “La falibilidad de la ciencia”, Umberto Eco cita alguns componentes que podem tornar a ciência um fenômeno dogmático. Por exemplo:
1. Quando transforma hipóteses em “verdades” inquestionáveis ou absolutas.
2. Quando deixa de questionar o paradigma aceito por uma determinada cultura ou sociedade.
Isso me fez lembrar de determinada vertente darwinista que dogmaticamente proclama suas premissas não testáveis como um fenômeno capaz de passar pelo crivo do mais exigente método científico. É claro, a palavra “ciência” dá margem a uma gama variada de interpretações. O nosso Dicionário Aurélio, por exemplo, fornece cinco definições para o termo:
1. Conhecimento.
2. Saber que se adquire pela leitura e meditação; instrução, erudição, sabedoria.
3. Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam a compreender e, poss., orientar a natureza e as atividades humanas.
4. Campo circunscrito, dentro da ciência, concernente a determinada parte ou aspecto da natureza ou das atividades humanas, como, p. ex., a química, a sociologia, etc.
5. A soma dos conhecimentos humanos considerados em conjunto.
O darwinismo pode tranquilamente ser enquadrado numa dessas definições; todavia, trata-se de uma utópica pretensão querer colocar Darwin no mesmo “laboratório” em que trabalhavam Newton e Galileu. É isso!
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